Visões sobre o futuro: A Relação entre Humanos e tecnologia
Você já parou para refletir sobre como será o futuro? A habilidade de identificar os sinais que indicam as mudanças à frente pode ser crucial para nossas vidas. Na 46ª edição do Congresso Brasileiro dos Profissionais de Previdência (CBPP), Martha Gabriel, renomada futurista e autora de best-sellers, abordou essa temática com profundidade. Seu extenso currículo é impressionante: ela é graduada em Engenharia pela Unicamp, pós-graduada em Marketing, Design, além de ter um mestrado e um doutorado em Artes, com formação executiva pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology). Durante a sua palestra, intitulada “Ponto de Partida – Nada Mais Como Antes”, que durou 50 minutos, o tempo passou rapidamente diante de um auditório cheio.
Martha iniciou sua fala de forma provocativa, comentando que todos podem sentir quando algo novo está para acontecer, e que atualmente essas percepções ocorrem “sete vezes ao dia”. Para ela, o ritmo acelerado da inovação exige que as pessoas não apenas sintam, mas também compreendam as mudanças. “Quem domina as regras do jogo está se tornando bilionário. A humanidade passou a maior parte da sua história sem grandes transformações, mas nos últimos dez anos tudo mudou de forma radical. Precisamos de novas habilidades para antecipar os próximos passos”, alertou a especialista, frente a uma plateia atenta.
Leia também: Errata Importante para a VII Mostra de Ciências, Tecnologia e Inovação – Inova Paudalho 2025
Leia também: Bauru Promove a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia com Atividades Inovadoras
Mas quem ou o que está por trás dessas transformações? A resposta está na Inteligência Artificial, que vem sendo a força motriz por trás de todas as inovações tecnológicas. Martha enfatizou que devemos nos preocupar menos em sermos proficientes em tarefas que a tecnologia já realiza. “Devemos nos concentrar no que a tecnologia não é capaz de fazer”, enfatizou. Como, então, navegar nesse novo cenário? Para a futurista, é essencial manter os pés firmes no presente, mas com a mente voltada para o futuro. “Encarar o futuro é um combate ao curto-prazismo, que é, sem dúvidas, um grande vilão”, destacou, usando seu humor característico.
Ela também não hesitou em alertar sobre a falta de previsibilidade em tempos de mudanças rápidas. “Desconfie de certezas absolutas e evite agir impulsivamente sem direção clara”, avisou Martha, ressaltando que uma mudança significativa é frequentemente precedida por uma sensação inquietante. A palestrante também fez uma análise histórica ao recordar o surgimento do primeiro chatbot de IA, o Eliza, criado em 1966. Esse programa rudimentar, que simulava uma conversa entre terapeuta e paciente, utilizava regras simples para interpretar e responder a interações.
Leia também: Ministério da Cultura e a Economia Criativa: Um Seminário para o Futuro Cultural do Brasil
Fonte: amapainforma.com.br
Leia também: Viridis Mining & Minerals Inova com Centro de Terras Raras em MG sem Tecnologia Chinesa
Fonte: ocuiaba.com.br
Hoje, os sinais de transformações profundas são abundantes. Um exemplo notável é a iniciativa da Albânia, que visa substituir parte de sua administração por Inteligência Artificial, buscando combater a corrupção de maneira mais eficaz. Embora a proposta ainda esteja em fase inicial e suscitem questionamentos, ela demonstra que o movimento em direção ao futuro já começou. Outro exemplo é o primeiro “robô vivo”, anunciado em janeiro de 2020, um híbrido de células humanas e tecnologia projetado para limpar oceanos.
Adicionalmente, a Ayayi, uma criação digital chinesa com tecnologia 3D hiper-realista, foi considerada a primeira “meta humana” da China, apresentando características tão próximas da realidade que chega a confundir. Martha enfatizou que a evolução tecnológica deve ocorrer em harmonia com a humanidade. Em sua visão, as relações de trabalho também sofrerão reconfigurações significativas, impactando o sistema previdenciário. “A reconfiguração do trabalho vai redesenhar a previdência”, previu.
O futuro, segundo Martha, trará uma crescente integração entre longevidade e saúde, com uma expectativa de vida em ascensão. Isso significa que veremos um aumento nos planos voltados para o bem-estar e um envelhecimento ativo, além da incorporação de indicadores de saúde e estilo de vida em cálculos atuariais. As demandas por fundos de impacto e investimentos sustentáveis também deverão crescer, com uma avaliação mais rigorosa baseada em critérios éticos e de governança social. Assim, a previdência privada do futuro poderá transformar o tradicional “cofre” de aposentadoria em plataformas inteligentes focadas em bem-estar financeiro e longevidade ativa.
Uma frase marcante de Martha ilustra suas previsões: “Se você conseguir passar os próximos 10 anos, provavelmente terá uma vida longa pela frente”. O 46º CBPP, promovido pela Abrapp, UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta, contou com um robusto apoio de patrocinadores, incluindo empresas de destaque em consultoria e gestão de ativos, refletindo o crescente interesse e relevância da previdência e das novas tecnologias.
