Aumento dos Tetos do Minha Casa, Minha Vida
A partir de 1º de janeiro de 2026, os limites de financiamento do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) serão elevados em 75 municípios brasileiros, beneficiando principalmente famílias de baixa renda. As capitais das regiões Norte e Nordeste se destacam entre as localidades que terão novos tetos, que podem chegar até R$ 270 mil para imóveis das faixas 1 e 2, destinados a famílias com renda mensal de até R$ 4,7 mil. Essas mudanças são fruto de uma decisão recente do Conselho Curador do FGTS, ocorrida na última quinta-feira (18), que visa facilitar o acesso à moradia para quem mais precisa.
O reajuste traz uma atualização nos valores dos imóveis, considerando as categorias de metrópoles e capitais regionais com mais de 300 mil habitantes. Os aumentos variam de 4% a 6%. Assim, os novos tetos para financiamento nas faixas 1 e 2 estarão entre R$ 255 mil e R$ 270 mil, o que representa um estímulo significativo à oferta de moradias que atendam às diretrizes do programa.
Impacto nas Diferentes Regiões
No caso das capitais com mais de 750 mil habitantes, o novo teto foi fixado em R$ 260 mil, refletindo um aumento de 4%. Nas grandes metrópoles, esse valor salta para R$ 270 mil, um incremento de 6%. Para as capitais e metrópoles cuja população varia entre 300 mil e 750 mil habitantes, o teto foi elevado para R$ 255 mil, com um aumento de 4% também. Ao todo, o reajuste beneficiará cerca de 51,8 milhões de brasileiros, consolidando uma reestruturação significativa dos tetos de financiamento do MCMV.
Notavelmente, todas as capitais das regiões Norte e Nordeste foram contempladas com a subida dos limites, um passo importante para mitigar o déficit habitacional e as desigualdades regionais. Entre as cidades do Nordeste, destacam-se Camaçari, Feira de Santana, Caucaia e Juazeiro do Norte, além de Olinda, Paulista, Caruaru, Petrolina e Campina Grande.
Novos Tetos no Norte, Sudeste, Sul e Centro-Oeste
No Norte, cidades como Ananindeua e Santarém, no Pará, são exemplos de municípios que terão os tetos reajustados, confirmando a intenção do programa de fortalecer a presença em áreas urbanas da região. O Sudeste, por sua vez, verá 27 municípios beneficiados, incluindo Belo Horizonte, Contagem, Betim, Campinas e Sorocaba. Já no Sul, cidades como Curitiba, Porto Alegre e Florianópolis também contam com novos limites. Por fim, no Centro-Oeste, Goiânia e Campo Grande estão entre os municípios que terão tetos aumentados.
Essa nova proposta de reajuste faz parte de um pacote mais amplo de medidas aprovadas pelo Conselho Curador do FGTS, que soma um orçamento recorde de R$ 160,5 bilhões destinado ao fundo em 2026. Desse total, R$ 144,5 bilhões serão direcionados especificamente para habitação. Além do aumento dos tetos, os subsídios oferecidos pelo FGTS também serão mantidos e reforçados, visando diminuir os custos de entrada para famílias de baixa renda.
Subsídios e Acesso ao Financiamento
Para o próximo ano, a expectativa é que sejam disponibilizados R$ 12,5 bilhões em descontos habitacionais, priorizando as famílias com menor renda. Na prática, isso significa que os subsídios podem variar entre R$ 55 mil e R$ 65 mil, dependendo da região e da renda familiar, de acordo com as diretrizes do Ministério das Cidades. A Região Norte, por exemplo, receberá um tratamento especial, com a possibilidade de aumento no valor do subsídio por família em até 25%.
Essas medidas visam não apenas facilitar o acesso ao financiamento, mas também proporcionar condições mais vantajosas, como juros mais baixos e prazos mais longos. O objetivo é assegurar que muitas famílias alcancem o sonho da casa própria por meio do Minha Casa, Minha Vida.
Cidades Beneficiadas pelo Reajuste
Algumas das cidades que passarão a contar com os novos tetos incluem: Camaçari (BA), Feira de Santana (BA), Caucaia (CE), Juazeiro do Norte (CE), Olinda (PE), Paulista (PE), Caruaru (PE), Petrolina (PE), Campina Grande (PB), Ananindeua (PA), Santarém (PA), Belo Horizonte (MG), Campinas (SP), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), Campo Grande (MS) e Cuiabá (MT). A lista completa pode ser conferida no portal do Ministério das Cidades.
