A Mãe de Beatriz Revela Detalhes do Caso
A mulher que se relacionava com Marcelo da Silva, apontado como o responsável pela morte de Beatriz Angélica, de apenas 7 anos, em 2015, tinha conhecimento da autoria do crime desde o princípio. A informação foi divulgada pela mãe da menina, Lucinha Mota, durante uma entrevista ao Diário de Pernambuco. Conforme Lucinha, no seu primeiro depoimento, a companheira do réu afirmou que ele confessou a autoria do homicídio logo após saírem de um bar.
Segundo as declarações de Lucinha, uma investigação policial que analisou as ligações feitas por Marcelo na noite do crime corroborou essa informação. “Em seu primeiro depoimento, ela relata que foram a um bar, sentaram-se à mesa, e ele confidenciou a ela que havia tirado a vida de Beatriz”, contou a mãe, destacando que o relacionamento entre os dois era extraconjugal.
Mudanças no Relato e Suspeitas de Coação
Contudo, a mulher teria mudado totalmente sua versão no segundo depoimento, alegando que foi “forçada a falar” na primeira vez. “Ela já estava com o advogado de defesa dele atuando, provavelmente foi orientada a voltar atrás no que tinha dito”, afirmou Lucinha, que optou por não revelar a identidade da testemunha, pois assinaram um termo de responsabilidade.
A mãe da vítima manifestou sua indignação em relação à postura da mulher: “Uma mulher, uma mãe, tinha certeza de um crime tão bárbaro, sabia que a família estava buscando a identificação dele, e não colaborou de forma alguma”. O crime que chocou a sociedade ocorreu em setembro de 2015, no entanto, foi apenas em janeiro de 2022 que Marcelo foi oficialmente identificado como autor por meio de exames de DNA realizados na faca utilizada no assassinato.
Desdobramentos Legais no STF e STJ
Recentemente, a defesa de Marcelo da Silva protocolou um recurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal (STF) com o intuito de barrar a realização do júri popular. Simultaneamente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou embargos de declaração apresentados pelos advogados do acusado.
Lucinha Mota está determinada a pressionar por uma aceleração do processo e planeja viajar a Brasília no início de 2026. “Nosso objetivo é que o caso ande o mais rápido possível, tanto no STJ quanto no STF. Estou confiante de que não passará do próximo ano”, afirmou. Ela também anunciou que organizará protestos após o recesso do Judiciário.
O Caso Beatriz e seu Impacto
O assassinato de Beatriz Angélica ocorreu durante uma festa de formatura em um colégio particular de Petrolina. A menina saiu para beber água e foi posteriormente encontrada morta, com ferimentos a faca, em um depósito de materiais esportivos. O caso, que ainda gera forte comoção e repercussão, destaca as questões de justiça e a busca pela verdade diante de um crime tão hediondo.
