A Importância do Acolhimento na Saúde Pública
Elizama Ferreira da Silva, aos 39 anos, já acumula uma impressionante trajetória de 21 anos na área da saúde. Sua jornada teve início aos 18 anos, quando se destacou como agente comunitária de saúde (ACS), após passar por um rigoroso processo seletivo que atraiu mais de 5 mil candidatos. “Lembro-me claramente do dia em que a lista foi afixada na parede e vi meu nome; foi uma mistura de emoções”, recorda a assistente administrativa do Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (Cejam), onde atua atualmente no setor de Informação.
A Organização Social de Saúde (OSS) é responsável pela gestão de diversas unidades de atenção primária, especializada, hospitalar e de urgência e emergência na capital paulista. As linhas de cuidado incluem diabetes, hipertensão, obesidade, saúde da mulher, saúde materno-infantil, cuidados com a pessoa idosa e saúde mental. Mãe de um jovem de 19 anos, Elizama também é palestrante e aborda temas como consciência negra e empoderamento feminino, sempre conectando esses tópicos à equidade no Sistema Único de Saúde (SUS) de São Paulo. Entre os eventos que participou, destaca o que foi organizado pelo Núcleo de Prevenção à Violência (NPVs), que acolhe vítimas de violência. “O NPV é um exemplo de atendimento humanizado, enfatizando acolhimento e troca de informações; é fundamental para evitar a reincidência da violência”, afirma.
O que motiva Elizama é seu propósito de apoiar as pessoas, tanto na vida pessoal quanto profissional. “Como mulher negra, busco inspirar outras pessoas. Em 2022, fui convidada pelo Cejam para representar a população negra da saúde em um vídeo institucional durante o mês da Consciência Negra. Quando conseguimos transmitir esperança e ajudar as pessoas a refletirem sobre seu potencial, acredito que é possível promover mudanças significativas em suas vidas”, declara.
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Fonte: alagoasinforma.com.br
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Fonte: rjnoar.com.br
Iniciativas de Diversidade e Inclusão no SUS
O grupo de trabalho focado em Diversidade, Equidade e Igualdade (DEI), sob a coordenação do Núcleo Técnico Regional SP da OSS, desenvolveu o projeto “Linha de Cuidado para a População LGBTIA+”. Esta iniciativa foi registrada para participação no 10º Prêmio Dr. João Amorim de Pesquisa e Inovação Aplicada, promovido pelo Cejam, em 2025. Apesar da concorrência com essa linha de cuidado específica, Elizama ressalta que o grupo abrange sete áreas de atenção voltadas para populações em situação de vulnerabilidade.
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Fonte: cidaderecife.com.br
Identificando fragilidades no atendimento a esses grupos, a equipe de Elizama propõe estratégias que visam aprimorar o suporte nas unidades de saúde conforme as necessidades específicas. “Estamos discutindo melhorias para atender melhor pessoas em situação de rua, com deficiência, limitações de autocuidado, além da população imigrante, indígena, negra e LGBTIA+. Cada um desses grupos possui demandas específicas e estamos desenvolvendo soluções adaptadas para cada caso”, explica.
A dedicação de Elizama Ferreira e sua equipe reflete um compromisso genuíno com o acolhimento e o atendimento humanizado, elementos fundamentais para a efetividade e equidade no SUS. Ao promover a escuta ativa e a inclusão, eles estão ajudando a transformar o cenário da saúde pública em São Paulo.
