Desafios para a Ampliação da Copa do Mundo
A proposta da Conmebol de expandir a Copa do Mundo de 48 para 64 seleções, a ser realizada em 2030, tem gerado resistência interna. Dirigentes expressam, em conversas reservadas, preocupações de que essa mudança comprometeria o atual modelo de eliminatórias, podendo resultar em prejuízos significativos nas receitas das federações.
Por enquanto, a Copa de 2030 está programada para contar com 48 equipes, seguindo o modelo que será aplicado na edição de 2026. As três primeiras partidas dessa edição especial, em comemoração ao centenário do torneio, serão realizadas na América do Sul, onde tudo começou. Argentina, Paraguai e Uruguai, como anfitriões, já têm seus lugares garantidos na competição.
A ampliação proposta pela Conmebol visa transformar o evento em uma celebração histórica, com cada uma das nações-sede recebendo um grupo, aumentando o total de partidas de três para impressionantes 18 no continente sul-americano.
Reações de Federações Internacionais
No entanto, a reação a essa proposta não é unânime. Cartolas da Uefa, Concacaf e da Confederação Asiática (AFC) já se manifestaram contra a ideia. Havia uma expectativa de que o assunto fosse debatido na última reunião do Conselho da Fifa no início deste mês, mas acabou não entrando na pauta, deixando muitos questionamentos no ar.
Além das críticas externas, a resistência dentro da Conmebol também é evidente. Embora o formato das eliminatórias para uma Copa ampliada ainda seja incerto, os dirigentes têm certeza de que a proposta irá desvalorizar a competição. A possibilidade de uma diminuição no valor dos contratos de direitos de transmissão preocupa os envolvidos, que temem por um impacto financeiro negativo.
A Mudança no Modelo de Eliminatórias
Ainda que tenha havido tentativas de reformular o modelo das eliminatórias após a Copa do Mundo de 2022, a proposta para o Mundial de 2026, no qual a Conmebol possui seis vagas diretas e uma oportunidade de repescagem, não se concretizou. Essa situação levanta questões sobre a viabilidade de um novo formato para o torneio, especialmente com a possível inclusão de mais seleções.
O cenário, portanto, é de incertezas e desafios. Enquanto a Conmebol busca um caminho para celebrar o centenário da Copa do Mundo, as vozes críticas dentro e fora da confederação refletem uma preocupação genuína com o futuro das competições internacionais. As decisões que serão tomadas nos próximos meses poderão impactar não apenas a estrutura da Copa do Mundo, mas também o cenário do futebol nas Américas como um todo.